Este artigo pretende contribuir para o debate sobre o papel dos partidos na escolha eleitoral no Brasil e tem como objetivo central verificar como a preferência partidária, operacionalizada em termos de uma escala de apreço pelos partidos individualmente, se relaciona com variáveis socioeconômicas e com a decisão do voto. Os resultados indicam que a renda familiar não explica as preferências dos eleitores pelos partidos, que, por sua vez, também não explicam o voto para deputado federal, sugerindo uma confirmação das hipóteses presentes na literatura a respeito do declínio da identificação partidária e da fraqueza dos laços sociais dos partidos com o eleitorado.